Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco
Central (BC) esperam mais uma redução da taxa básica de juros, a Selic,
de 0,5 ponto percentual. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC
reúne-se amanhã (10) e quarta-feira para definir a Selic, que atualmente
está em 8,5% ao ano.
Na última reunião, em maio, o Copom reduziu a taxa em 0,5 ponto
percentual. De acordo com as estimativas, depois de chegar a 8% ao ano
este mês, a expectativa é que haja novo corte em igual patamar (0,5
ponto percentual) na reunião do comitê em agosto, quando a Selic deve
chegar a 7,5% ao ano. A previsão é que a Selic permaneça nesse nível até
o fim do ano. Para o final de 2013, a projeção caiu de 9% para 8,5% ao
ano.
O Copom reduz a Selic quando considera que a inflação está sob controle
e quer estimular a atividade econômica. No sentido oposto, a taxa é
elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito
aquecida, com alta dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para
incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.
De acordo com as expectativas dos analistas, a inflação medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2012 em
4,85% ao ano. Essa é a oitava queda consecutiva na projeção. Na semana
passada, a estimativa era 4,93%. Para 2013, a projeção para o IPCA é
5,5%, mantida há duas semanas.
A estimativa para o crescimento da economia caiu pela nona semana
seguida. Desta vez, a projeção de expansão do Produto Interno Bruto
(PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de
2,05% para 2,01%, este ano. Para 2013, a projeção de crescimento
permanece em 4,2%.
A expectativa para a produção industrial caiu pela sexta vez
consecutiva, ao passar de 0,39% para 0,1%, este ano. Para 2013, a
expectativa é que haverá uma retomada, com a previsão ajustada de 4,3%
para 4,25%.
Com a economia em ritmo mais lento este ano, o governo tem adotado
medidas de estímulo à atividade econômica. Uma delas é a redução da
Selic, pelo BC, que tem cortado a taxa desde agosto do ano
passado. O governo também prorrogou a
desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos
eletrodomésticos da linha branca por dois meses e a redução do imposto
para o setor de móveis por três meses.
No último dia 29, o governo anunciou ainda a prorrogação da redução do
PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
sobre o macarrão até dezembro. No dia 21 de maio, o governo reduziu o
IPI para incentivar a indústria automobilística, que enfrentava redução
nas vendas.
O governo também anunciou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos,
com medidas para agilizar as compras governamentais, dando preferência à
aquisição de produtos da indústria nacional, e estimular, com isso, a
economia interna. Também houve redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6% para 5,5%.
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil
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