São Paulo – O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo
Pereira da Silva, informou hoje (1º) que dirigentes das centrais
sindicais vão se reunir na próxima quinta-feira (3) com a presidenta
Dilma Rousseff para discutir os juros bancários. Paulinho, como é
conhecido, participou da comemoração do Dia do Trabalho organizada por
cinco centrais sindicais, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São
Paulo.
Esta é a 15 ª edição da festa das centrais sindicais que, este ano, tem
o lema "Desenvolvimento com menos juros, mais salários e empregos".
Entre as bandeiras do sindicalismo estão a defesa da indústria nacional e
do emprego; aumento real de salários; redução da jornada para 40 horas
semanais; trabalho decente; fim do fator previdenciário; aumento real
dos benefícios dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo;
igualdade de salários para homens e mulheres que exercem as mesmas
funções; qualificação profissional; e reforma agrária. Para atrair o
público, a centrais sindicais contrataram músicos conhecidos e estão
sorteando ao longo do dia 15 automóveis 0 quilômetro.
O sindicalista ressaltou que uma das questões que incomodam os
sindicalistas é a que chamou de "fábrica de sindicatos", ou seja, a
facilidade para que sejam criadas repreentações classistas no país.
“Isso enfraquece o movimento e precisamos tratar disso com o novo
ministro do Trabalho [Brizola Neto] assim que ele assumir. Queremos
resolver isso com critério. Queremos criar algumas regras para impedir
essa indústria de sindicatos”.
O presidente da Força Sindical disse também que é normal que haja algum
racha no partido dele, o PDT, por causa da indicação de Bizola Neto
para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. “Como havia três nomes
[do partido na disputa pelo cargo] é normal que haja divergência na
indicação de um deles. Qualquer um que fosse indicado teria problema,
então, agora cabe a nós tentar consertar esse problema nos próximos
dias”.
A nomeação de Brizola Neto, na avaliação de Paulo Pereira da Silva,
mostra que a presidenta entendeu as reivindicações das centrais
sindicais, que defendiam a escolha de um nome que tivesse boa relação
com o movimento sindical.
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
Fonte: Agência Brasil
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