sexta-feira, 13 de junho de 2014

Discutido crédito rural e energia para o sul do Pará

Comitiva integrada por parlamentares exige verbas e linhão para a região Incra assegura verbas para o desenvolvimento de 504 lotes de assentamentos.


LIDERANÇAS

Convidada por uma comitiva de 250 lideranças das regiões sul e sudeste do Pará, a deputada Bernadete ten Caten esteve participando de uma série de reuniões em Brasília, Distrito Federal, onde tratou de diversos temas voltados para o desenvolvimento dessas duas áreas. A principal pauta dessa agenda se relacionou com o imenso passivo que provoca gigantesca insatisfação com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que está em marcha lenta nos processos de assentamentos e liberação de recursos para as famílias de assentados.
Bernadete informou que da reunião no Incra também participou o deputado federal Zé Geraldo. As lideranças do sul e sudeste paraenses exigem recursos para as estradas vicinais e para as pontes. Na região, há cerca de 504 assentamentos implantados pelo órgão, o maior foco de reforma agrária do Brasil, porém, segundo a deputada, a cada ano, os recursos destinados ao desenvolvimento regional, bem como, das famílias assentadas, estão diminuindo, gerando desânimo e revolta das pessoas.
Desta maneira, o encontro no Incra foi muito importante, porque, além de expor esses problemas todos, especialmente das estradas pessimamente conservadas e pontes a ponto de caírem, a comitiva liderada pelos parlamentares paraenses conseguiu o comprometimento de recursos conveniados da ordem de R$ 47 milhões, cujo pagamento já começa neste mês. “É lógico que eles não vão passar todo o dinheiro de uma vez, mas já começaram a pagar, o que significa que foi positivo esse encontro que tivemos em Brasília. Por isso é sempre importante as lideranças se unam com esta deputada, mais o deputado Zé Geraldo para que as coisas possamu realmente andar da forma como ficou encaminhado”, disse a deputada Bernadete.

CRÉDITO

Outra questão encaminhada no Incra se refere ao crédito para o trabalhador rural assentado pelo órgão. Esse crédito estava paralisado, o que acabava enterrando todo o projeto então desencadeado. Trata-se de uma verba de R$ 7 mil, que é repassada em duas parcelas para os assentados poderem comprar equipamentos, organizar sua moradia e começar a produzir.
Também as mulheres têm direito a crédito de apoio, porém, esse não é individualizado. Tem de se juntar um grupo de quatro, cinco ou mais pessoas, desenvolverem e apresentarem um projeto que, aprovado, dá direito a cerca de R$ 3 mil cada uma das mulheres envolvidas. Tem de ser um projeto voltado para a produção, disse a deputada Bernadete.

LUZ PARA TODOS

Ainda em Brasília, a deputada Bernadete e a comissão de lideranças do sul e sudeste do Pará estiveram na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), onde novamente foi denunciada a cobrança de altas taxas pelo preço de energia, bem como foi solicitada a redução das tarifas, haja vista que o Pará produz energia por meio da Hidrelétrica de Tucuruí e não é justo que exatamente a população local pague preços tão exorbitantes, sendo a fonte geradora do produto. Nessa mesma incursão, eles conseguiram a retomada do Programa Luz Para Todos, do Governo Federal, que estava paralisado neste Estado.
Há anos, disse a parlamentar petista, ela também trabalha em busca de passos significativos para a construção mais um linhão da Eletronorte no sul do Pará, que beneficie especialmente a microrregião de Santana do Araguaia a Santa Maria das Barreiras, no extremo sul do Pará, a partir de Xinguara. Esse processo começou ainda na Celpa. Inclusive, no ano passado, ela esteve no Rio de Janeiro, onde foi contratado o serviço da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para elaborar o projeto do linhão, que já está no Ministério das Minas e Energia, via secretaria de planejamento. Pelo projeto, o linhão começa em Xinguara e vai até o extremo sul do Pará, mas ainda faltam três relatórios, que são de impactos ambientais, social e técnico com o rebaixamento da energia e que deverão ser feitos por outra empresa que ganhou a licitação para esse fim, a Atlântica.
Assim, Bernadete foi contundente em afirmar que passará a cobrar energicamente da Atlântica, a fim de que esses relatórios sejam concluídos o mais rápido possível. “Não conseguiremos mais entrar no leilão de energia de setembro, mas eu faço crer que se a gente pressionar, o projeto de mais um linhão para o sul do Pará possa entrar no leilão que acontecerá em dezembro deste ano. A gente vai lutar e tenho fé em Deus que conseguiremos”, afirmou a deputada Bernadete.

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