Em função de recente reportagem
da TV Liberal Canal 7 mostrando a situação da falta de pessoal nas delegacias
de bairros de Belém, o que motivou medidas do secretário de Estado de Segurança
Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, como determinar à Polícia
Militar a fazer registros de Boletins de Ocorrências Policiais na falta de
escrivães ou outros agentes da Polícia Civil nas unidades policiais, as
categorias reagiram veementemente contra. Os fatos tomaram grandes dimensões,
porque os policiais, apoiados pelo sindicato da categoria, o SINDPOL, alegam
que o Estado precisa promover um novo concurso público para contratação de
pessoal, bem como, deve convocar os candidatos aprovados nos recentes concursos
da instituição, o que foi dito por ocasião de coletiva à imprensa no último
sábado.
A deputada estadual Bernadete ten
Caten, líder do PT na Assembleia Legislativa, usou o horário de lideranças para
tratar dessa questão e, ao mesmo tempo, levantar outros assuntos voltados à
questão da segurança, especialmente nos municípios do interior do Estado. A
parlamentar propôs a realização de uma sessão especial para debater a questão
com a própria Polícia Civil, Ministéro Público, Secretaria de Segurança Pública
e Defesa Social, Polícia Militar e Bombeiros, quando será discutida a
viabilidade dessa medida. “Tem legalidade o PM ou bombeiro fazer o registro de
Boletim de Ocorrência? Qual o papel da Polícia Militar? Como fica a questão do
exercício da autoridade policial? Precisamos debater isso e verificar, como
casa de leis, a legalidade dessa medida, quem está correto e o que é melhor
para a população”, sentenciou Bernadete. Ela acrescentou que “a Assembleia
Legislativa do Estado não pode ficar omissa nessa questão, pois se trata de um
ato de legalidade”.
Prefeituras
não têm recuros para manter a PM no interior
Ainda usando da palavra por
ocasião do pequeno expediente, a deputada Bernadete disse que algumas
prefeituras, como a de Marabá, estão dispostas a suspender a ajuda de custo,
como alimentação e combustível para a Polícia Militar fazer a segurança nas
cidades, o que é obrigação constitucional do governo estadual.
Segundo a deputada, em Marabá,
por exemplo, os policiais militares estão dispostos a deixar a cidade pelo fato
de a prefeitura ter suspendido essa ajuda. “As prefeituras não têm dotação
orçamentária para essa ajuda de custo e ela é irregular, não prevista na Lei de
Responsabilidade Fiscal. Como é que os prefeitos vão justificar essa ajuda, que
é inconstitucional?” indaga a deputada. Em resposta aos questionamentos da
líder da bancada estadual do PT, o deputado José Megale, líder do governo na
Alepa, disse que o Estado faz sim sua parte e que a ajuda de custo já está
inserida nos contracheques dos policiais militares, assim como, fornece todo o
aparato, como combustível para uso nas viaturas no pleno cumprimento do serviço
de segurança pública.
“A população precisa saber disso,
porque os policiais alegam que onde as prefeituras não têm como pagar alimentação
e abastecer as viaturas, a segurança, o policiamento estão inviabilizados”,
disse a deputada.
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