terça-feira, 24 de julho de 2012

Médicos denunciam a Santa Casa


UTI Neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) lotadas, bebês prematuros em estado grave internados nas salas de partos e até mulheres mantidas nos corredores depois de dar à luz. Este é o quadro denunciado por médicos da Santa Casa ao Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) que decidiu entrar hoje com uma representação no Ministério Público do Estado (MPE), no Conselho Regional de Medicina (CRM) e na Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), da Polícia Civil, contra a direção do hospital.
A decisão foi tomada depois de o Sindmepa ter recebido denúncias de uma médica pediatra. Isso depois de outro pediatra ter registrado um Boletim de Ocorrência contra o hospital pelo mesmo motivo. A denúncia levou o governador Simão Jatene a visitar a Santa Casa, três dias depois, quando anunciou a inauguração de dez leitos de UTI que ainda não estão funcionando, segundo os médicos.
Segundo o Sindmepa, as circunstâncias narradas pelos médicos “ferem os mais flexíveis protocolos de prevenção à infecção hospitalar e estão colocando em risco a vida dos recém-nascidos e das mães; ademais, a superlotação e a falta de estrutura de atendimento estão causando estresse e riscos aos profissionais envolvidos”.
“A Santa Casa está assim porque a maioria dos hospitais particulares não está recebendo bebês do SUS”, disse o secretário de Comunicação do Estado, Ney Messias Jr., via Twitter. “Se os médicos que estão denunciando a Santa Casa querem ajudar, deveriam denunciar os hospitais particulares que não estão recebendo bebês do SUS”.
Segundo o secretário, uma diária de UTI neonatal num hospital particular “custa a bagatela de R$ 5 mil... enquanto o SUS não paga nem metade disso”.
A presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia, Maria Eunice Begot, informou que o valor de uma diária em UTI Neonatal pelo SUS é de R$ 1.000, que pode chegar até R$ 2.800 nos hospitais particulares. “A justificativa (dos hospitais particulares) está na carência de médicos neonatologistas e anestesistas, principalmente durante plantões. Além disso, sabemos que alguns hospitais recebem auxílio da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, portanto, não tem por que faltar profissional nem estrutura”, disse Begot.

Fonte: Diário do Pará com informações do DOL

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