sexta-feira, 1 de junho de 2012

Alepa aprova requerimento de Bernadete pela descentralização do tratamento de hepatite C


A deputada estadual Bernadete ten Caten, que se encontra em viagem à Brasília, onde cumpre longa agenda do mandato em busca de melhorias e recursos para o Estado, sobretudo para as regiões sul e sudeste do Pará, se disse muito feliz com a aprovação, por unanimidade, pelo plenário da Assembleia Legislativa, do requerimento de sua autoria que solicita, do secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, a imediata descentralizacão do atendimento aos portadores de Hepatite C. Eles enfrentam grandes e graves problemas, sobretudo com a locomoção, para vir em busca de tratamento até Belém, muitas vezes gastando sem ter para aqui chegar e nem conseguirem o que vieram buscar. Pior, em alguns casos, chegando a óbito devido as grandes distâncias percorridas, o que pode ser minimizado com a descentralização.
Entende a parlamentar que a descentralização desse serviço, de grande utilidade e responsabilidade do governo, irá facilitar e muito a vida da população paraense que sofre desse mal e que necessita de tratamento sério, adequado, que pode ser feito em pólos mais perto de onde moram.
Justificativa a parlamentar petista que a “hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado, que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais frequente nas formas agudas)”.
Esclarece que esta é “uma doença que mata sete vezes mais que a AIDS e têm dez vezes mais pessoas contaminadas do que com AIDS, mas infelizmente o governo em todos os níveis ainda não dá a importância devida a essa maligna patologia”.
“Silenciosa, a hepatite C é um mal que ataca 1% da população do Estado do Pará. Somente em Belém, estima-se que, em média, sejam 12 mil pessoas contaminadas com o vírus da doença. Mais resistente do que o HIV, ele pode passar décadas sem se manifestar, enquanto destrói lentamente o fígado do paciente. Caso não seja detectada em sua fase inicial, através de exames específicos, a hepatite C pode levar à morte”.
Por ser bastante resistente, mais até do que o HIV, o vírus da Hepatite C, dizem os médicos, “apresenta maiores probabilidades de propagação e contaminação, principalmente através de atividades que implicam contato físico seguido da troca de secreções corporais. Por conta disso, alguns estúdios de tatuagem e salões de beleza ajudam a disseminar a doença. 'Em salões e estúdios de tatuagem, onde não existe autoclave, que é uma espécie de esterilizador, é muito fácil contrair a hepatite através do compartilhamento de alicates e agulhas, por exemplo. Isso porque o vírus da hepatite C é tão resistente que não morre em contato com o ar. Então, ao passar de um cliente para outro sem ser devidamente esterilizado, o equipamento contaminado pode transmitir a doença. Quem faz tatuagem deve exigir o uso da autoclave. E no c aso dos salões de beleza, o ideal seria cada cliente levar o seu próprio kit de manicure”.
Bernadete salienta que outro problema levantado pela hepatologia se refere ao caráter silencioso da doença. “Ela pode passar até 30 anos destruindo lentamente o fígado do paciente sem levantar suspeitas. Em alguns casos, somente quando a hepatite C está em estágio avançado é que começam a aparecer os primeiros sintomas. Na maioria das vezes, pode ser tarde demais, pois o funcionamento do fígado corre o risco de estar comprometido pela doença. Além disso, ele está profundamente associado ao vírus HIV, uma combinação mortal que, junto com outros tipos de hepatite, é responsável por 52% das mortes por AIDS no Brasil”.
A deputada explica que a hepatite “precisa de mais divulgação, além de mais testes de detecção e busca ativa, seguida de serviços especializados e multidisciplinares, medidas necessárias para evitar a evolução natural da doença até o ponto em que a única terapia possível é o transplante”.
Lembra a parlamentar que “o atendimento só é dispensado em Belém, por isso, os pacientes precisarão se deslocar para se consultar e receber o tratamento quando dispensado. O transtorno é muito grande, uma vez que, muitos têm que se deslocar de localidades de difícil acesso para poder ter esse atendimento e muitas vezes nem conseguem. A descentralização é necessária para evitar esse transtorno, conforme relato do presidente da APAF - Associação dos amigos do fígado, Benedito Almeida. Diz ainda Bernadete que também é preciso considerar que no mesmo período, 65% da população de portadores do Estado do Pará se concentrava na capital. É muito comum que pacientes de outros municípios venham periodicamente se tratar na capital devido à falta de atendimento especializado no interior do Estado e acabam vindo a obtido pela distância percorrida até a capital .

0 comentários:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado assim que verificado pela moderação do blog.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons