terça-feira, 27 de março de 2012

Deputada repudia, da Tribuna da Alepa, agressão à jornalista Tina Santos, pela PM em Marabá


A agressão sofrida na noite do último sábado, 24, pela jornalista Albertina Santos, a Tina Santos, no núcleo habitacional Nova Marabá, em Marabá, a 500 km de Belém, no sul do Pará, teve repercussão ontem durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado. A deputada Bernadete Ten Caten (PT-Pa), amiga particular da profissional de imprensa, se pronunciou repudiando o fato, sendo aparteada pelo líder do governo na Casa, deputado José Megale, que, em nome do Estado, condenou a ação e disse que o Governo, a Secretaria de Segurança Pública, o Comando Geral da Polícia Militar e o Sistema Integrado de Segurança Pública não compactuam com ações desse tipo. Na oportunidade também se pronunciou o deputado Edmilson Rodrigues (Psol-Pa).
Na ocasião de seu pronunciamento, a deputada Bernadete Ten Caten historiou que Tina Santos é uma profissional formada, com longos anos de militância na imprensa especializada em Polícia na capital paraense, assim como em Marabá, é mãe, assessora de comunicação social da Prefeitura de Marabá, nascida na cidade Parintins, no Amazonas, e que se radicou no Estado do Pará, levando avante uma carreira jornalística de conduta ilibada, com cadeira cativa em todos os órgãos de imprensa e autarquias por onde passou.
 Tina Santos, agredida covardemente pela PM: braço esquerdo quebrado.
Ten Caten fez, da tribuna, a leitura de um documento que recebeu, via e-mail, narrando os fatos, segundo os quais, “Tina Santos foi violentamente agredida por integrantes do Grupo Tático da PM, no sábado à noite, em Marabá. Ao pedir calma a um dos oficiais, em razão da abordagem violenta em blitz numa casa noturna ao lado de uma praça pública frequentada por pais de famílias e crianças, ela recebeu voz de prisão por “desacato”. E ela questionava com os policiais, pois eles chegaram dizendo que todos seriam revistados, porém, não havia, na guarnição, nenhum policial feminino para a revista às mulheres. O cabo V. Fernandes, para algemar e recolher ao camburão a jornalista, manietou-a e fraturou seu braço esquerdo. E o oficial – no melhor estilo anos de chumbo - ainda disse cinicamente que ela já devia ter chegado na praça com o braço quebrado. Só com a intervenção de uma militar do CIOP, a jornalista pôde ser levada ao Hospital Regional – até seu atendimento médico fora negado pelo oficial -, que ainda se deu ao desplante de registrar BO contra Tina Santos na delegacia da Nova Marabá, por desacato. O caso foi relatado em primeira mão, com detalhes, pelo jornalista e blogueiro Hiroshi Bogéa, que publicou carta aberta ao governador Simão Jatene, pedindo providências”, assim como pela jornalista Franssineti Florenzano, pelo Facebook, em postagem no dia de ontem.
Da Tribuna, a deputada Bernadete Ten Caten disse que, inicialmente, a batida policial era para ser elogiada, no entanto, com a atitude do oficial que comandou a operação, assim como do cabo V.Fernandes, que já está afastado do serviço de rua, enquanto responde ao procedimento administrativo interno que apura os fatos através do 4º Batalhão de Polícia Militar, a ação se tornou uma afronta à sociedade, já que uma cidadã, mulher e mãe, foi agredida e, o que é pior, com os policiais tentando levá-la algemada dentro de um camburão como se fosse criminosa.
Disse ainda a parlamentar que sua preocupação é com a questão da ética e do profissionalismo dos policiais civis e militares, para os quais também trabalhou no sentido de que tivessem melhoras financeiras, etc. A obrigação de cada policial, deste modo, é fazer o seu trabalho, que não o permite estar agredindo as pessoas, como foi nesse lamentável episódio e que deveria ser feita uma moção de solidariedade em favor de Tina Santos que, ainda hoje, seria operada.

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