quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Presidenta Dilma defende a modernização da agricultura familiar

Em Porto Alegre, presidenta entregou retroescavadeiras a 126 municípios do Rio Grande do Sul para construção de estradas vicinais. Investimento vai melhorar escoamento da produção da agricultura familiar. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Na cerimônia de entrega de retroescavadeiras para 126 municípios do Rio Grande do Sul, a presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (13) a modernização da agricultura familiar. Segundo ela, as máquinas serão usadas na construção de estradas vicinais, que vão permitir o escoamento da produção. Para a presidenta, o governo deve assegurar que os agricultores familiares tenham a infraestrutura e a logística necessárias para a produção, o que não diminui a importância do agronegócio para o país.
“Não há conflito entre agronegócio e agricultura familiar. Há uma interação muito positiva no quadro nacional dessas duas grandes formas de produção e também da capacidade de competição, de eficiência que o nosso país pode ter tanto com as modernas tecnologias como também melhorando e dando cada vez mais condições para o pequeno produtor”, disse a presidenta.
Ela afirmou ainda que a construção de estradas vicinais faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento, “que olha também para a condição de infraestrutura dos pequenos municípios desse país”.
“São 114 retroescavadeiras e elas integram uma visão de obra estruturante. Nós queremos que as estradas vicinais, por menores que sejam, tenham qualidade que permitam o escoamento.”
Rede Brasil Rural - Além da entrega das máquinas, a presidenta também participou do lançamento da Rede Brasil Rural, uma ferramenta virtual que vai aproximar as cooperativas de produtores rurais dos fornecedores de insumos, da logística de transporte e dos consumidores.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), 1,6 mil cooperativas farão uso da Rede Brasil Rural, beneficiando cerca de 200 mil agricultores familiares. As compras dos agricultores serão feitas com o cartão do BNDES, que definiu um limite de negociação de até R$ 1 milhão por cartão, com opção de até cinco cartões por cooperativa, financiamento de três a 48 parcelas e taxa de juros pré-fixada no ato da compra.
Por meio do crédito do BNDES, as cooperativas poderão ampliar as possibilidades de financiamento para além de itens ligados exclusivamente à produção e industrialização, como máquinas e insumos. Soluções de internet, comunicação visual, reciclagem, logística e armazenagem são algumas das opções de financiamento.
Já o consumidor receberá a mercadoria adquirida no Armazém Virtual da Agricultura Familiar em casa. O transporte será feito pelos Correios.
“Com a Rede Brasil Rural, os produtores e consumidores terão acesso a melhores preços, condições de compra, usufruindo de uma moderna tecnologia de informação”, disse a presidenta Dilma.
Ainda de acordo com o MDA, além de dar agilidade ao sistema de compra e venda cotidiana da agricultura familiar, a Rede Brasil Rural vai reorganizar o sistema de compras da produção familiar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A Lei da Alimentação Escolar prevê que, no mínimo, 30% dos recursos destinados pelo FNDE para a merenda sejam direcionados à compra da produção da agricultura familiar. Só em 2011, do orçamento da União, o setor pode receber R$ 930 milhões na oferta de alimentos para os 45,6 milhões de estudantes da educação básica matriculados em escolas públicas.

Fonte: Blog do Planalto

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