terça-feira, 29 de novembro de 2011

Simpomec reúne mais de 150 empresas de 8 estados

A Deputada Bernadete representou a Assembleia Legislativa do Estado do Pará no Simpomec
Na abertura do I Simpomec (Simpósio do Polo Metal-mecânico de Marabá), as autoridades presentes elogiaram o trabalho da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marabá) e exaltaram a realizaram do evento, como forma de fortalecer a indústria local e atrair novos investidores para esta região.
As personalidades que participaram da abertura do evento foram o vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, o presidente da Acim, Ítalo Ipojucan Costa, a deputada estadual Bernadete ten Caten, o diretor global de Energia da Vale, João Coral, o secretário municipal de Indústria e Mineração, João Tatagiba, o vice-presidente da Sinobras, Ian Correa, o superintendente da Faculdade Metropolitana, Arlei Cristofolini e a vereadora Irismar Sampaio, vice-presidente da Câmara Municipal de Marabá.
Em seu discurso, o presidente da Acim agradeceu a participação de todos os presentes e aos parceiros que contribuíram para a realização do evento. Ítalo destacou que Marabá vai receber investimentos da ordem de 7 bilhões de reais nos próximos anos e para que haja desenvolvimento é preciso estabelecer um processo de agregação de valores, tendo como âncoras a mineração e siderurgia. “A primeira já é realidade, mas é preciso trabalharmos para garantir a segunda”, destacou.
Ainda segundo Ítalo, a smples presença da Alpa e projeto Aline atrairá novos empregos, mas é necessário mais. “Precisamos favorecer um polo metal-mecânico não apenas na região, mas em todo o Pará. É preciso estimular a cadeia produtiva, com investimentos em inovação tecnológica, num processo de crescimento gradativo”, resaltou.
Por sua vez, o vice-presidente da Sinobras, Ian Correa, elogiou a realização do Simpomec e disse acreditar que este seja o primeiro de uma série de simpósios que serão realizados em Marabá nos próximos anos. Ele disse aos empresários de outros estados que o potencial da região é grande e que é possivel mudar a realidade local. “Temos muito ainda a crescer na região e podemos aumentar a capacidade de consumo de aço, que traz muito desenvolvimento. Quem consome muito aço, cresce bastante”, enfatizou.
Ian reconheceu que as dificuldades nesta região não são simples, mas são oportunidades de crescimento. "Este é o início de uma nova luta. Não podemos imputar a responsabilidade a algumas empresas, mas a todos, e devemos dar as mãos para solucionar os problemas. Quantas cidades hoje no Brasil gostariam de ter os projetos que Marabá possui na área industrial. Atualmente, o Pará e Marabá estão tendo esse privilégio. O projeto Aline e Alpa não vão vir, já estão acontecendo, só precisamos dar continuidade”,reafirmou.
Sucinto em suas palavras, João Coral, diretor de Energia da Vale, disse que a mineradora acompanha o crescimento de Marabá e região e ainda o que o Estado está enfrentando de dificuldades na área de logística. “Vemos instituições educacionais, indústrias, comércio e população participando do evento. Isso mostra o comprometimento de todos nesta causa em prol do desenvolvimento”, elogiou.
Arlei Cristofolini disse que a Faculdade Metropolitana vê em Marabá não apenas uma cidade do futuro, mas do presente, e revelou que a direção daquela instituição já está buscando junto ao Ministério da Educação a autorização para instalação dos cursos de Engenharia Elétrica e Mecânica.
João Tatagiba enfatizou aos presentes que Marabá tem uma localização geográfica privilegiada e passou por vários ciclos econômicos. O momento atual é diferente, porque a responsabilidade é maior. Em um futuro próximo, Marabá será a única cidade no Brasil que terá os quatro modais viários, que produzirá os dois tipos de aço: planos e longos. “Nossa cidade será polo comercial, mas também industrial. Teremos implantação de indústria de base, como Alpa e Aline, mas serão apenas indutores de desenvolvimento.
A deputada estadual Bernadete ten Caten lembrou que a criação da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) vai fortalecer a capacitação da mão de obra para vários segmentos, além de novas escolas técnicas que virão. Ela sugeriu que se faça um Plano de Desenvolvimento para que fiquem claras as ações a serem desenvolvidas pela três esferas de governo: federal, estadual e municipal para garantir os investimentos do setor privado em Marabá e região.
O vice-governador do Estado, Helenilson Pontes, disse que o presidente da Acim, Ítalo Ipojcuan, tem sido uma pessoa compromissada com o desenvolvimento do Estado, principalmente com esta região. “O Governo do Pará é parceiro deste evento porque está comprometido com o desenvolvimento do sudeste paraense. Vamos ter um grande distrito industrial aqui, e o Estado vai ser parceiro, vamos ajudar o desenvolvimento. O que combate a desigualdade e a pobreza de forma determinante são o emprego e a renda”, opinou ele.
Helenilson Pontes ressaltou que o grande desafio é elevar o Pará à posição de protagonista na gestão dos recursos naturais e o polo metal-mecânico não vai nascer por acaso, mas através de eventos como o Simpomec, que compromete os atores e sinaliza a união de forças sociais.
O Simpomec reúne 150 empresas de nove estados do País: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Ceará, Maranhão e Pará, além da Alemanha e China. 


Vice-governador evita falar sobre Carajás
O vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, esteve presente na abertura do I Simpomec (Simpósio do Polo Metal-mecânico de Marabá) na manhã desta segunda-feira. Antes de falar, a deputada Bernadete ten Caten (PT) sugeriu para que ele declarasse em público sua posição sobre a criação dos estados do Carajás e Tapajós, uma vez que o governador Simão Jatene já o havia feito. O pedido de Bernadete foi recebido com palmas pela plateia, mas parece não ter agradado o vice-governador.
Ao lhe ser concedida a palavra, Helenilson Pontes não falou uma vez as palavras Carajás e Tapajós. Ao invés disso, falou o nome “Pará” por mais de 20 vezes em apenas nove minutos de discurso. Vamos guardar nossas energias para brigar pelo processo de desenvolvimento do Estado. Era isso que deveria nos unir. Nosso adversário é a pobreza do nosso povo. O PIB do Pará precisa sair da mão de alguns e passar para as mãos de todos”, disse.
Minutos depois, durante entrevista coletiva, o vice-governador foi mais uma vez inquirido a posicionar-se em torno do assunto, porém, fugiu mais uma vez, dizendo que não divulgaria sua posição sobre o assunto. “Só vou revelar meu pensamento sobre a divisão do Pará no dia 11 de dezembro, na urna”. (Ulisses Pompeu)

Fonte: Correio do Tocantins

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