quinta-feira, 27 de junho de 2013

Bernadete critica o fato de Belém não ter um hospital materno infantil

A deputada Bernadete ten Caten, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa do Estado, participou, nesta manhã, da reunião da Comissão de Educação e Saúde, que ouviu os depoimentos do secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco; do presidente do Sindicato dos Médicos, João Gouveia; e da presidente da Fundação Santa Casa, Eunice Begot, os quais falaram acerca das mortes de 25 bebês na unidade neonatal. A comissão é presidida pela deputada Nilma Lima, que fará um relatório sobre esse episódio lamentável, o qual será enviado, com pedido de providências urgentes e enérgicas ao Ministério Público. Bernadete disse que os relatos dos representantes da Santa Casa são claros quanto à superlotação da unidade neonatal e dos centros de tratamentos intensivos infantis do hospital.

Os médicos informaram que são centenas de mães que chegam sem jamais terem feito um exame pré-natal, a maioria, oriundas do interior do Estado. “Eu digo e repito que isto é um escândalo, o município de Belém, que está às vésperas de completar 400 anos de existência, não ter um hospital materno infantil. Na região metropolitana, apenas dois municípios chegaram à meta de 100 por cento no que diz respeito ao atendimento às gestantes”, disse a parlamentar. Segundo a deputada Bernadete, a partir do depoimento dos setores de saúde, é preciso se criar mecanismos para responsabilizar os gestores municipais pelo que está acontecendo, haja vista que, no seu entendimento, há uma falta de comprometimento das prefeituras para com a saúde da população, especialmente, das mulheres gestantes e dos bebês, que são mandados para Belém sem qualquer atendimento pré-natal. Ela lembra que há quase quatro anos, a presidenta Dilma Roussef criou o Programa Rede Cegonha, ao qual foram destinados cerca de R$ 10 bilhões especialmente para que os municípios da região Norte do Brasil possam atender, gratuitamente, as gestantes, desde o primeiro sinal da gravidez até o nascimento das crianças.

No entanto, a grande maioria dos prefeitos, com seus secretários municipais de Saúde, não foi buscar esses recursos, deixando que cada munícipe gestante fique ao “Deus dará”. “Isso é um caso de polícia, passível de prisão, a omissão desses gestores”, disparou a deputada. Eis aí, portanto, uma das causas de tantas mortes de bebês, em curto período de espaço de tempo, na Santa Casa. Mas a deputada questiona, também, o fato de que as obras de ampliação do hospital já vêm ocorrendo há tanto tempo e por que não foram inauguradas. De concreto, lembrou Bernadete, a presidenta da Santa Casa, Eunice Begot, informou que, em poucos dias, serão entregues pelo governador Simão Jatene, cerca de 40 leitos materno infantis, “o que a gente precisa acompanhar, precisa fiscalizar se será realmente feito enquanto comissão da Assembleia encarregada e evitar que episódios como esse, das mortes dos bebês, voltem a ocorrer no hospital. Por fim, a parlamentar salienta a necessidade de se dar continuidade a essa discussão, a fim de “que se construa mecanismos para solucionar o problema de uma vez por todas”.

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