“Isso
sim é um trabalho decente de política penitenciária, uma iniciativa digna de
elogios, que não custará caro ao erário e ainda será de grande benefício para a
sociedade”. O elogio foi feito pelos conselheiros integrantes do Conselho
Estadual de Política Penitenciária, que estiveram reunidos na Secretaria de
Estado de Justiça e Direitos Humanos – SEJUDH com a deputada Bernadete ten
Caten, líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa. Ela apresentou projeto
de lei indicativo ao governo do Pará para a remissão da pena em um dia por cada
livro lido, o que fomentará a educação, estimulará os prisioneiros a se
redimirem pela educação, e ainda facilitará o desafogamento do complicado
sistema penitenciário do Estado, que não dispõe de vagas para atender a
demanda, gerando grandes conflitos.
O
PLI é baseado na lei federal 12.433/2011, que dispõe sobre a remissão da pena
pelo trabalho e pelo estudo. No caso do Estado do Pará, a deputada Bernadete
propõe que o prisioneiro pode abater um dia de sua pena se ler um livro e fizer
uma resenha sobre o assunto que leu. “Estaremos realmente colaborando para que
esse preso se ressocialize, tenha educação, leia melhor e tenha vontade, pelo
conhecimento, de buscar outras formas para viver bem e feliz”, disse a
parlamentar.
Bernadete
foi recebida, na tarde de ontem, na SEJUDH, pelo Conselho Penitenciário do
Estado, integrado pela própria SEJUDH, Ministério Público Estadual e Sistema
Penal, além de representantes da Secretaria de Estado de Educação, que
elaboraram o estudo de viabilidade da lei, o qual deverá ter o parecer jurídico
favorável e ser encaminhado ao governador do Estado, Simão Jatene, uma vez que
não acarretará gastos aos cofres públicos. De posse do projeto de lei, o
governador encaminhará para aprovação pela Assembléia Legislativa, que já havia
aprovado a indicação apresentada pela deputada Bernadete. Ela informou estar a
elaboração do estudo de viabilidade do projeto de lei de remissão da pena pela
leitura dentro do programa de política penitenciária, não apenas no Estado,
como em todo o país, aumentando, assim, os números da educação e os espaços nos
estabelecimentos penais.
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