A Assembleia Legislativa do
Estado aprovou, por unanimidade, requerimento da mais alta importância para o
desenvolvimento do Estado do Pará, que diz respeito a apelar da presidente
Dilma Rousseff, “no sentido da imediata adoção de providências quanto à
execução do derrocamento do Pedral do Lourenço, com a alocação dos recursos
necessários e agilização do processo licitatório da obra, de modo a
restabelecer a navegabilidade do Rio Tocantins e permitir que a Hidrovia
Tocantins-Araguaia, canal natural de escoamento das riquezas do agronegócio e
dos minérios de cinco Estados brasileiros – Mato Gosso, Goiás, Tocantins,
Maranhão e Pará – se torne a espinha dorsal norte-sul do Brasil, além de gerar
novas oportunidades de negócios e renda, viabilizando a ALPA – Aços Laminados
do Pará e diversos projetos de verticalização da cadeia produtiva que estão em
compasso de espera”.
Esse pedido de apelo da
Assembleia foi proposto pela Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento
Sustentável da Mineração no Pará, que tem à frente os deputados Raimundo
Santos, Bernadete ten Caten e como relator o deputado Gabriel Guerreiro.
A aprovação do requerimento será
informada ao governador Simão Jatene, ao secretário de Indústria e Mineração,
aos governos dos Estados que poderão vir a ser beneficiados, assim como aos
prefeitos e vereadores dos municípios mineradores do Estado do Pará, além da
bancada federal em Brasília e do Instituto Brasileiro de Mineração e diversos
outras entidades de classe e estabelecimentos diretamente ligados ao setor.
Para a deputada Bernadete ten Caten,
a aprovação desse requerimento é uma vitória, pois agora a bancada paraense vai
diretamente à presidenta Dilma cobrar que as obras sejam iniciadas,
viabilizando de vez o alavancamento do desenvolvimento do Estado do Pará pelas
vias naturais de navegação.
Historia a parlamentar que essa
história vem rolando há mais de 30 anos. Tudo começou quando a navegação pelo
Tocantins foi interrompida em função da Hidrelétrica de Tucuruí, que gera
energia para quase todo o Brasil, ao passo que no Pará se paga uma das mais
caras tarifas de energia elétrica. A Agência Nacional de Águas – ANA deu a
outorga para a construção das eclusas, mas o serviço do Pedral do Lourenço, que
já tinha verbas previstas no Orçamento, processo licitatório etc., foi retirado
do Programa de Aceleração do Crescimento e dada outra finalidade a essa verba.
As entidades paraenses ligadas
aos mais diversos setores se uniram e foi encomendado um novo estudo pela Vale,
mas o projeto da ALPA, também da poderosa mineradora, está paralisado.
Bernadete, Raimundo Santos e Gabriel Guerreiro lembram que não há dinheiro que
pague os prejuízos que o Pará e sua população vêm tendo com a hidrelétrica, o
rio Tocantins fechado e uma série de outros adendos. Para eles, a União deve ao
Pará e, portanto, esta é a hora de a presidenta Dilma Rousseff se solidarizar e
viabilizar as obras para que a navegabilidade no Rio possa representar a volta
do desenvolvimento, além da geração de emprego e renda para o povo paraense.
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