quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Investigação de mortes de bebês é cobrada


Durante a sessão desta terça-feira (07) a bancada de deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) da Assembleia Legislativa apresentou requerimento solicitando ao Ministério Público que investigue as mortes de 34 recém-nascidos no mês de julho na Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Segundo o deputado Carlos Bordalo, que elaborou o documento, a direção da instituição não divulga os dados oficiais e faz tudo para maquiar a imagem da centenária instituição. “Como foi o caso da simulação de criação de uma unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal, batizado de número 03, e que foi desativada logo após a visita do governador Simão Jatene, em 20 de julho”, denuncia o parlamentar.
O líder da bancada, deputado Zé Maria, lembrou que em abril participou de uma visita realizada por uma comitiva de parlamentares que pretendia acompanhar in loco este mesmo tipo de denúncia. “Na época recebemos da direção da instituição o reconhecimento de que existiam deficiências, mas jogou para os municípios parte da responsabilidade. Na época o índice máximo de mortalidade estava com uma média de 4,5%. Vamos cobrar providências. Nossas crianças precisam ter oportunidade de nascer e lutar pela vida”, contou Zé.
As principais causas da morte apontadas pelo documento dos petistas seriam: infecção neonatal precoce; hipertensão pulmonar; falência múltipla dos órgãos; síndrome do intestino e hemorragia gástrica. Entre os mortos, 18 do sexo masculino e 12 do sexo feminino e 04 não foram identificados nos boletins de ocorrência, que estão em anexo ao requerimento apresentado a Casa.
A bancada denuncia, ainda, que os profissionais da saúde que atuam na instituição afirmam que a falta de ação básica de assistência seria um dos maiores problemas. “O governador e a direção da Santa Casa deveriam agir com transparência e divulgar estatísticas oficiais sobre as mortes de bebês. Muitos médicos estão registrando boletim na polícia para se resguardar de prováveis problemas judiciais”, afirma Bordalo.
Para ele, a gravidade dos fatos pode iniciar um processo com levantamento de informações que podem resultar na formação de uma CPI da Santa Casa. “Quando uma casa de saúde ultrapassa a lotação aumenta consideravelmente o risco de contaminação. Não podemos conviver com essa situação sem que o governo abra a discussão para que a sociedade também ajude a encontrar a solução”, finaliza.

Fonte: DOL com informações da assessoria

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