Está prevista para a terça-feira a instalação da comissão
mista do Congresso que irá analisar previamente a MP
Deputados e senadores têm até a meia-noite desta segunda prazo para
apresentarem emendas que alterem a Medida Provisória (MP) 571 que trata do Código
Florestal Brasileiro. Parlamentares ligados à Frente Parlamentar da
Agropecuária propuseram, até a última sexta-feira, 62 emendas, enquanto o
Partido Verde apresentou seis modificações.
Está prevista para a terça-feira a instalação da comissão mista do Congresso
que irá analisar previamente a MP. O colegiado deve apreciar a admissibilidade
da matéria. Pela proporcionalidade das bancas no Congresso, caberá ao deputado
Bohn Gass (PT-RS) presidir a comissão e ao senador Luiz Henrique (PMDB-SC) a
relatoria. O senador catarinense foi um dos relatores do Código Florestal
durante a tramitação da matéria no Senado.
Câmara e Senado terão até o mês de outubro para discutir e votar a medida
provisória editada na última segunda-feira. O senador Luiz Henrique disse à Agência
Brasil que buscará o convencimento dos demais parlamentares para superar
temas polêmicos como o da obrigação de se recompor áreas de Proteção Permanente
(APPs) desmatadas depois de 2008 para o aumento de lavouras ou de pastos e o da
largura das APPs a partir das margens dos rios.
O relator, que será nomeado na terça-feira, acrescentou que algumas decisões
tomadas pela presidenta Dilma Rousseff, nas negociações dos termos da medida
provisória, irão facilitar a busca de acordos entre os deputados e senadores
para a aprovação da MP.
Antes mesmo de inciar a sua tramitação no Congresso, a MP terá a sua
constitucionalidade questionada na Justiça. O vice-líder do DEM na Câmara,
deputado Ronaldo Caiado (GO), com o apoio de vários colegas da bancada
ruralista, vai ingressar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal
Federal para suspender imediatamente os efeitos da matéria.
Segundo ele, a MP é inconstitucional porque foi editada para modificar uma
lei que ainda não teve seu processo legislativo concluído. Isso só ocorrerá,
sustenta Caiado, após a apreciação dos vetos ao Código Florestal.
Fonte: Correio do Brasil
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