Lula chega ao BNDES mais magro e amparado por uma bengala
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita ao Rio
nesta quinta-feira, participou do seminário Investindo na África:
Oportunidades, desafios e Instrumentos para a Cooperação Econômica,
realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). Lula chamou a atenção dos repórteres presentes ao
encontro por se amparar em uma bengala. Segundo a assesoria de Lula, o
uso da bengala deve-se à fraqueza provocada pelo tratamento contra o
câncer na laringe, que fez o ex-presidente perder 18 quilos, parte já
recuperados.
Também mais magro, o governador Sérgio Cabral – que fez questão de
permanecer ao lado do padrinho político todo o tempo – voltou a manter
distância da imprensa ao deixar o evento, após a divulgação de fotos
dele na França, na companhia do empresário Fernando Cavendish, dono da
Delta Construções, empreiteira investigada pela Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) Cachoeira, em referência à ação do bicheiro
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, junto a políticos e
empresários de todo o país. O governador deixou o evento por uma porta
lateral. O prefeito Eduardo Paes, que estava na mesma sala com Cabral
saiu pela porta da frente.
Lula deixou de lado o improviso característico de seus discursos e
passou a ler a mensagem à plateia, com várias paradas para beber do copo
d’água que estratégicamente o acompanhou durante todo o tempo. Lula
exaltou a cooperação entre o Brasil e a África, afirmando que o
continente e o Brasil crescem em um mesmo momento.
– Faz sete meses que eu não falo. Espero que eu não tenha
desaprendido – disse Lula, com um sorriso, antes de começar o discurso.
Ele voltou a criticar a posição dos países ricos durante a crise
econômica, acusando-os de punir as vítimas da crise (trabalhadores) e
distribuir prêmios para os “reais culpados” pela situação econômica
mundial que seriam o mercado financeiro e as grandes empresas.
– Os países ricos deram para o sistema financeiro todo o apoio, e para os mais pobres nenhum socorro – disse Lula.
Lula também pontuou a necessidade de um maior intercâmbio comercial
do Brasil com os países africanos. As exportações brasileiras para a
África saltaram de 2,4 bilhões em 2002 para 12,2 bilhões em 2011,
ressaltou o ex-presidente.
Fonte: Correio do Brasil
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