sexta-feira, 2 de março de 2012

Pará tem a pior nota de avaliação no atendimento pelo SUS

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (1º) um levantamento dos problemas de atendimento em hospitais conveniados ao SUS.
É a primeira vez que a saúde pública passa a ter nota. São 24 indicadores como, por exemplo, a cobertura da população pelas equipes básicas de saúde, a proporção de partos normais e a taxa de mortalidade das pessoas que chegam aos hospitais com infarto.
Com esses dados, o governo fez um indicador que mede o acesso da população a todo tipo de serviço e a eficiência da saúde no Brasil. De 0 a 10, a nota nacional foi 5,4.
Cerca de 27% da população vive em cidades com nota abaixo de 5. Na comparação entre os estados, o primeiro lugar é de Santa Catarina: 6,2. A pior avaliação é a do Pará, que recebeu nota 4,1. Todas essas notas serão usadas, a partir de agora, para decidir metas e liberação de mais recursos para estados e municípios.
'Será um indicador para avaliar a melhoria da fotografia de hoje para daqui a três anos. E quem melhorar o seu desempenho merece receber mais recursos como incentivo dessa melhoria do desempenho', explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
No Pará - Além da capital do Estado, Belém, aparecem entre os municípios com o mais baixo desempenho, Ananindeua que aparece no grupo 2, recebeu nota 4,50; Paraubepas teve nota 3,89 e Marabá (3,84). No Grupo 4, dos dez municípios com pior avaliação, oito são paraenses


A Secretaria Estadual de Saúde do Pará preferiu se pronunciar só quando tiver conhecimento de todos os dados do levantamento.
Os grupos - Ao ranquear os municípios, o ministério os dividiu em seis grupos, de acordo com perfis socioeconômico e de estrutura de saúde. De acordo com o critério adotado pelo ministério, nos grupos 1 (29 municípios) e 2 (94 municípios), estão as cidades mais ricas, com estruturas de saúde pública mais complexas; nos grupos 3 (632 municípios) e 4 (587 municípios), estão as cidades com pouca estrutura de média e alta complexidade; e, nos grupos 5 (2.038 cidades) e 6 (2.183), as cidades menores, com pouco ou nenhum atendimento especializado.
Nesta pesquisa, o destaque estão nos grupos 4 e 6, onde cada um deles têm 8 municípios paraenses com o pior desempenho. Saiba quais são:
Grupo 4 - Neste grupo estão as cidades com pouca estrutura de média e alta complexidade. Dos 10 municípios com o pior desempenho, oito são paraenses, são eles: Novo Repartimento, São Félix do Xingu, ipixuna do pará, Capitão Poço, Tailândia, Tomé-Açu, Santana do Araguaia e São Miguel.


Grupo 6 - Fazem parte deste grupo as cidades menores, com pouco ou nenhum atendimento especializado. Dos 10 municípios com o pior desempenho, oito são paraenses, são eles: Santa Cruz do Arari, Faro, Afuá, Chaves, Breu Branco, Gurupá, Pacajá e Bagre.


Maiores e menores - Dos seis mais bem colocados por grupo, cinco são do Sudeste e um do Sul. Segundo o IDSUS 2012, os municípios com as maiores notas por grupo são Vitória (ES), com 7,08, no Grupo 1; Barueri (SP), com 8,22, no Grupo 2; Rosana (SP), com 8,12, no Grupo 3; Turmalina (MG), com 7,31, no Grupo 4; Arco-Íris (SP), com 8,38, no Grupo 5; e Fernandes Pinheiro (PR), com 7,76, no Grupo 6.
Entre os piores índices por grupo, há duas cidades do Sudeste, três do Norte e uma do Nordeste: Rio de Janeiro, no Grupo 1, com nota 4,33; São Gonçalo (RJ), no Grupo 2, com 4,18; Colorado do Oeste (RO), no Grupo 3, com 3,65; Novo Repartimento (PA), no Grupo 4, com 2,56; Cujubim (RO), no Grupo 5, com 3,20; e Pilão Arcado (BA), no Grupo 6, com 2,50.
Distorções - O ministério considera a criação do IDSUS a primeira etapa para o desenvolvimento de um programa regular de avaliação do SUS - aos moldes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), usado pelo Ministério da Educação para avaliar os ensinos fundamental e médio públicos do país. O índice da saúde é calculado com base em informações oferecidas pelos municípios, agregadas em vários bancos de dados nacionais (IBGE, Ipea, entre outros), e deve ser divulgado a cada três anos.
Os próprios técnicos do governo reconhecem que existem melhorias a serem feitas para que o índice ofereça um recorte mais próximo da realidade. Ele não contempla, por exemplo, o nível de satisfação do usuário do SUS ou mesmo o tempo que um usuário leva para ser atendido - queixas comuns no serviço.
Questionados sobre a confiabilidade dos dados repassados pelas administrações municipais, técnicos do ministério afirmaram que os bancos de dados disponíveis atualmente são confiáveis. Disseram, porém, que eventuais distorções nas notas devem ser sanadas com a divulgação regular dos índices.
'Não é de interesse do município, por exemplo, aparecer mal no ranking de seu grupo na próxima avaliação por não preencher corretamente os protocolos com, por exemplo, a quantidade de atendimentos realizados', disse Paulo de Tarso.
O índice de desempenho do SUS mostrou que o maior problema no país é o acesso. Os pacientes têm dificuldade em conseguir atendimento, principalmente nos hospitais, e para os procedimentos mais complexos.


Com informações do G1

Fonte: O Liberal

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