sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Marabá tem comissão pelo SIM 77 formada por mulheres !

Foi no último mês de julho, dois meses após a aprovação, pelo Congresso, da realização do plebiscito sobre a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, que algumas mulheres de Marabá tiveram a ideia de dar uma voz feminina ao Sim pela divisão do Pará. Um mês depois, um jantar de adesão à Subcomissão de Mulheres da Comissão Brandão Pró Emancipação de Carajás e Tapajós já contava com a participação de cerca de 300 mulheres que já faziam parte do movimento pela divisão do Estado. “As mulheres queriam falar e precisavam falar neste debate que diz respeito a toda a sociedade”, ressalta Magda Alves, presidente da Subcomissão.
A empresária, mestre em Ciências da Educação, é natural de Minas Gerais. A história dela com Marabá começou no início da década de 70, quando, ainda criança, chegou ao município com a família, acreditando no desenvolvimento da região. “Tenho uma história com Marabá, de amor, de raízes, de conquistas. Mas tenho muitas lembranças de dificuldades em função do abandono da região. Por isso, desde 1992 integro a Comissão Brandão, que há mais de 30 anos já propagava a ideia da necessidade de dividir o Pará”, destaca.
A Subcomissão de Mulheres está presente em todos os eventos promovidos dentro da campanha do “SIM”, desde os debates, até as caminhadas, palestras e corpo-a-corpo, no dia a dia, em casa, trabalho e sociedade em geral. “Não há vínculos de políticos, e nem qualquer membro que esteja declaradamente com intenções políticas. Lutamos pela mesma causa, damos apenas um trato diferenciado no processo de sensibilização popular. Nosso apelo é diferenciado”, destaca Magda.
Ali, segundo ela, participam “da manicure à juíza”, para destacar que o movimento está bem distribuído em todas as classes, longe de palanques “oficiais”. “A causa é a mesma. Os homens focam nos números, no que seria objetivo; as mulheres focam na história, na sua história pessoal.”.
Os gastos da Subcomissão são custeados pelas próprias mulheres, mas, segundo Magda, são mínimos. “Com doações internas imprimimos alguns adesivos, fazemos alguns panfletos, temos custos pequenos com gasolina. Dormimos na casa de casais adeptos ao SIM, e assim vamos seguindo”, diz. E o trabalho deve ir além do dia 11 de dezembro. “Após o plebiscito, vamos nos inserir nos debates e no acompanhamento nas áreas de ciências, tecnologia, indústria, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida”.


Fonte: Diário do Pará

0 comentários:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado assim que verificado pela moderação do blog.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons