sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Deputados aprovam o PPA

Depois da manhã inteira de debates, os deputados estaduais aprovaram a Lei 154/2011, que institui o Plano Plurianual (PPA 2012-2015) do Executivo Estadual. Apesar das inúmeras tentativas da oposição para incluir algumas emendas rejeitadas no parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO), o PPA foi aprovado apenas com as 186 emendas incluídas no projeto original pelo relator da matéria, Martinho Carmona (PMDB).
Apesar do clima de disputa, líderes da oposição e governistas elogiaram a postura democrática dos dois lados, após o governo apresentar emenda de plenário para assegurar recuperação salarial da área da segurança pública.
Depois de muito embate, o líder governista, Márcio Miranda (DEM) anunciou a emenda que prevê R$ 3.5 milhões para o orçamento 2012 para serem usados R$ 2 milhões para recuperação das perdas salariais dos delegados da Polícia Civil e R$ 1.5 milhão para incrementar salários da tropa da PM, Bombeiros e Polícia Civil. Este valor, segundo Miranda, servirá para complementar o reajustes anual que será dado pelo governo, que terá outro recurso reservado.
Porém, o grupo de delegados da PC que acompanhou a sessão e tentou até o fim incluir emenda para isonomia da categoria com a carreira jurídica, não saiu satisfeito. Eles se reuniram com o líder do governo, o líder do PT, Carlos Bordalo e o secretário de Planejamento, Sérgio Bacury, mas não houve acordo para o valor integral.
Bordalo destacou a emenda que previa a inclusão de R$ 11.4 milhões para assegurar o pagamento de 50% da equiparação dos salários dos delegados com os de defensores públicos, mas foi rejeitada pela maioria. A proposta visava que até 2015 o piso dos delegados da Polícia Civil pudesse alcançar R$ 5.5 mil, já que o piso do defensor público é de R$ 11 mil.
SEGURANÇA
O líder governista afirmou que a emenda da segurança pública foi a prova de que o governo aceita negociar. Segundo Miranda, a oposição aprovou mais emendas do que a situação. “Havia um sentimento inicial de rejeição de quase todas as propostas de emenda, mas após muita negociação conseguimos incluir 186 emendas no PPA. Isso é um avanço”,.
Foram apresentadas um total de 786 emendas pelos deputados e pela Federação dos Municípios do Pará (Famep), que foram absorvidas pela CFFO. Dessas, 186 foram acatadas na comissão e aprovadas junto com o PPA.
Dentre as emendas que ficaram de fora do PPA paraense está a obrigatoriedade do governo estadual realizar audiências públicas em todas as regiões do Estado para debater as Leis Orçamentárias Anuais (LOAS), de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e PPA. Emenda da petista Bernadete Ten Caten ao artigo 5º do projeto, previa reincluir a medida no PPA 2012-2015, mas não houve acordo entre oposição e situação. As audiências públicas foram incluídas no PPA 2007-2011, mas o governo atual não as manteve na lei.
O líder governista disse que é só uma questão legal, pois a administração estadual realizou as audiências em todas as regiões e absorveu várias sugestões debatidas. “Não sei por que a medida foi retirada. Talvez não precise de lei porque já é política de governo”, afirmou.

Fonte: Diário do Pará

1 comentários:

Anônimo disse...

absurdo é esse tratamento divergente de autoridades de mesma importância. Defensores Públicos são exatamente como Promotores públicos, prerrogativas e vedações, bem como, mesma hierarquia administrativa, agentes políticos do Estado, carreiras jurídica de mesma envergadura constitucional. Só são diferentes no salários, isto em alguns Estados, pois hoje já muitos equipararam juízes, promotores e defensores públicos.

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