segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Águia mandou no jogo e tirou Paysandu da liderança


Mais uma vez Águia e Paysandu realizaram uma partida duríssima e, dessa vez, quem venceu foi a equipe marabaense, sábado à noite, no estádio Zinho Oliveira. O triunfo por 2 a 1 serviu para que o Azulão tirasse a invencibilidade bicolor na competição e, de quebra, assumisse a liderança do grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C.
No começo, o torcedor, que foi ao estádio achando que assistiria a uma partida de futebol, inicialmente viu uma variedade de chutes para o alto, devido a tamanha dificuldade que os jogadores tinham para controlar a bola. Tanto foi assim que o primeiro chute a gol saiu apenas com dez minutos de bola rolando, com Rafael Oliveira.
Com o andar do relógio, a equipe do Águia se adaptou mais rapidamente ao gramado e passou a dominar a partida. O time de João Galvão usou bastante tabelinhas de passes curtos e rápidos pelos cantos para criar perigo ao gol de Alexandre Fávaro. Diferente do lado bicolor, que mostrou enorme dificuldade de realizar jogadas pelo meio-campo, fazendo ligação direta entre defesa e ataque por meio de chutões.
Melhor para o Azulão que foi recompensado aos 40 minutos. Depois de tabelar com Flamel, Rairo foi ao fundo e mandou a bola na cabeça de Mendes, que fez 1 a 0 para os donos da casa.
Com o final do primeiro tempo, o técnico bicolor Roberto Fernandes foi para o vestiário nitidamente chateado com a equipe, sacando do time Robinho e colocando Thiago Potiguar no intervalo. Depois do bate-papo do vestiário, o time bicolor voltou ligado e aos sete minutos Thiago Potiguar conseguiu empurrar para dentro.
Mas era só uma empolgação momentânea. Depois, o time marabaense tomou as rédeas da partida mais uma vez e desempatou com Flamel, após falha do goleiro Fávaro, aos 23 minutos, dando números finais ao jogo.

Uma noite feliz para os marabaenses
O estádio Zinho Oliveira estava tomado de torcedores em azul e branco: era um fantasiado de Águia, outro dando uma de Homem-Aranha no alambrado; pai, mãe e filhos. Estádio lotado, como há muito tempo não se via em Marabá. Prenúncio de que a noite do último sábado seria boa para o Águia.
Antes mesmo de a partida iniciar, enquanto o Águia aguardava a subida do Paysandu ao gramado, o técnico João Galvão deixava claro aos repórteres presentes: “O Paysandu é uma grande equipe. Mas aqui nesse campo quem manda somos nós. Vamos jogar para prevalecer isso”, afirmou o técnico.
A confiança de Galvão era tanta, que antes mesmo dos 15 minutos do primeiro tempo, resolveu ‘queimar’ a primeira das suas três substituições de direito. Trocou o volante Wiliam Santos pelo rodado meia Flamel. Com isso alterou também o seu manjado 3-5-2 para o tradicional 4-4-2. As modificações surpreenderam, mas já mostravam que seriam determinantes. Flamel entrou bem na partida. Deu maior movimentação para o time e até perdeu oportunidades de gol.
Mas foi no 2º tempo que o meia tornou-se decisivo: Flamel marcou o gol da vitória aos 24 minutos da etapa final. “Queria fazer o meu. Entramos determinados e com força de vontade. Tínhamos que retribuir essa torcida que lotou o estádio”, disse o meia.
O triunfo não somente acabou com a invencibilidade do Paysandu, como fez o Águia assumir a ponta da tabela de classificação. “Jogamos firme e soubemos aproveitar todos os detalhes”, disse Galvão.

Faltou tranquilidade e entrosamento
Durante a semana que antecedeu a partida, as duas palavras mais faladas na Curuzu foram vontade e determinação. Entretanto, isso não foi visto em alguns jogadores do Paysandu no sábado, irritando muito o técnico Roberto Fernandes.
Pelo primeiro tempo inteiro, Fernandes desejou ter o apito do árbitro para que pudesse parar a partida, como faz nos treinos, e explicar o posicionamento desejado de seus comandados. “Tu não és meia Josiel, volta para o teu lugar”, Fernandes gritando na beira do campo. Os gritos do técnico bicolor não surtiram efeito esperado, com o time saindo derrotado por 1 a 0 no primeiro tempo.
Depois do intervalo, mesmo com o gol de empate, mais uma vez a equipe bicolor se acomodou na partida e cedeu espaço ao adversário, tomando o desempate. “A equipe não entrou tranquila na partida. Por uma desatenção da zaga e uma falha individual perdemos o jogo”, analisou Charles Vagner.
Para o volante Rodrigo Pontes, o gramado não pode servir como desculpa, mas insiste que a equipe ainda precisa de tempo para entrosar e que essa foi apenas a primeira derrota, por isso nada está perdido. “Esse é o nosso quinto jogo juntos, ainda tem muito para crescer e eu acredito que contra o Luverdense o resultado vai aparecer”, ponderou.

Fonte: Diário do Pará

0 comentários:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado assim que verificado pela moderação do blog.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons