Comitiva integrada por parlamentares exige verbas e linhão
para a região Incra assegura verbas para o desenvolvimento de 504 lotes de assentamentos.
LIDERANÇAS
Convidada por uma comitiva de 250 lideranças das regiões sul
e sudeste do Pará, a deputada Bernadete ten Caten esteve participando de uma
série de reuniões em Brasília, Distrito Federal, onde tratou de diversos temas
voltados para o desenvolvimento dessas duas áreas. A principal pauta dessa
agenda se relacionou com o imenso passivo que provoca gigantesca insatisfação
com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que está em marcha
lenta nos processos de assentamentos e liberação de recursos para as famílias
de assentados.
Bernadete informou que da reunião no Incra também participou
o deputado federal Zé Geraldo. As lideranças do sul e sudeste paraenses exigem
recursos para as estradas vicinais e para as pontes. Na região, há cerca de 504
assentamentos implantados pelo órgão, o maior foco de reforma agrária do
Brasil, porém, segundo a deputada, a cada ano, os recursos destinados ao
desenvolvimento regional, bem como, das famílias assentadas, estão diminuindo,
gerando desânimo e revolta das pessoas.
Desta maneira, o encontro no Incra foi muito importante,
porque, além de expor esses problemas todos, especialmente das estradas
pessimamente conservadas e pontes a ponto de caírem, a comitiva liderada pelos
parlamentares paraenses conseguiu o comprometimento de recursos conveniados da
ordem de R$ 47 milhões, cujo pagamento já começa neste mês. “É lógico que eles
não vão passar todo o dinheiro de uma vez, mas já começaram a pagar, o que
significa que foi positivo esse encontro que tivemos em Brasília. Por isso é
sempre importante as lideranças se unam com esta deputada, mais o deputado Zé
Geraldo para que as coisas possamu realmente andar da forma como ficou
encaminhado”, disse a deputada Bernadete.
CRÉDITO
Outra questão encaminhada no Incra se refere ao crédito para
o trabalhador rural assentado pelo órgão. Esse crédito estava paralisado, o que
acabava enterrando todo o projeto então desencadeado. Trata-se de uma verba de
R$ 7 mil, que é repassada em duas parcelas para os assentados poderem comprar
equipamentos, organizar sua moradia e começar a produzir.
Também as mulheres têm direito a crédito de apoio, porém,
esse não é individualizado. Tem de se juntar um grupo de quatro, cinco ou mais
pessoas, desenvolverem e apresentarem um projeto que, aprovado, dá direito a
cerca de R$ 3 mil cada uma das mulheres envolvidas. Tem de ser um projeto
voltado para a produção, disse a deputada Bernadete.
LUZ PARA TODOS
Ainda em Brasília, a deputada Bernadete e a comissão de
lideranças do sul e sudeste do Pará estiveram na Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), onde novamente foi denunciada a cobrança de altas taxas pelo
preço de energia, bem como foi solicitada a redução das tarifas, haja vista que
o Pará produz energia por meio da Hidrelétrica de Tucuruí e não é justo que
exatamente a população local pague preços tão exorbitantes, sendo a fonte
geradora do produto. Nessa mesma incursão, eles conseguiram a retomada do
Programa Luz Para Todos, do Governo Federal, que estava paralisado neste
Estado.
Há anos, disse a parlamentar petista, ela também trabalha em
busca de passos significativos para a construção mais um linhão da Eletronorte
no sul do Pará, que beneficie especialmente a microrregião de Santana do
Araguaia a Santa Maria das Barreiras, no extremo sul do Pará, a partir de
Xinguara. Esse processo começou ainda na Celpa. Inclusive, no ano passado, ela
esteve no Rio de Janeiro, onde foi contratado o serviço da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) para elaborar o projeto do linhão, que já está no Ministério das
Minas e Energia, via secretaria de planejamento. Pelo projeto, o linhão começa
em Xinguara e vai até o extremo sul do Pará, mas ainda faltam três relatórios,
que são de impactos ambientais, social e técnico com o rebaixamento da energia
e que deverão ser feitos por outra empresa que ganhou a licitação para esse
fim, a Atlântica.
Assim, Bernadete foi contundente em afirmar que passará a
cobrar energicamente da Atlântica, a fim de que esses relatórios sejam
concluídos o mais rápido possível. “Não conseguiremos mais entrar no leilão de
energia de setembro, mas eu faço crer que se a gente pressionar, o projeto de
mais um linhão para o sul do Pará possa entrar no leilão que acontecerá em
dezembro deste ano. A gente vai lutar e tenho fé em Deus que conseguiremos”,
afirmou a deputada Bernadete.
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