Brasília - O Diário Oficial da União publica hoje (10) portaria do Ministério da Cultura
que homologa o tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e
paisagístico dos bairros da Cidade Velha e Campina, no centro histórico
de Belém. A área tombada forma o núcleo de povoamento inicial da cidade,
capital do Pará.
A ocupação da região remonta à conquista da foz do Rio Amazonas, no
início do século 17. No apogeu do ciclo da borracha, entre 1890 e 1920,
Belém foi uma das cidades mais prósperas do mundo.
A área protegida alcança três mil edificações nos bairros de Cidade
Velha e Campina. O processo de tombamento foi elaborado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao
Ministério da Cultura.
De acordo com parecer do Departamento de Patrimônio Material do Iphan,
os dois bairros, protegidos por elementos naturais como baía, igarapé e
alagadiços, constituem, ainda hoje, um dos maiores e mais íntegros
conjuntos urbanos do país, segundo informa o site da instituição.
Para o tombamento, levou-se em conta, ainda, que o conjunto formado
pela trama da cidade consolidada entre os séculos 17 e 18 – com igrejas e
suas torres, largos e praças, coretos, mercados e feiras - em interação
com a Baía de Guajará, é suficientemente expressivo para retratar a
história urbana de Belém.
O centro histórico é um cenário que remonta ao ano de 1616, quando os
portugueses expulsaram, definitivamente, os franceses do território
brasileiro e a cidade de Belém tornou-se o elemento de ligação entre o
Rio Amazonas e o mar, possibilitando a posse de toda a Amazônia.
Graças à posição estratégica, a capital paraense foi transformada, à
época, no maior entreposto comercial das riquezas produzidas na região.
Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil
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