Rio de Janeiro - O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa), Adalberto Val, disse que não existe um modelo único
para o desenvolvimento sustentável da região. Ele participa hoje (13) da
sessão Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia: Uma Perspectiva Brasileira, que será promovida
pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) no fórum sobre
desenvolvimento sustentável que ocorre até o próximo dia 15 na
Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC/RJ). O evento é
preparatório à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, que começa hoje e vai até o dia 22.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Inpa, que é também integrante da ABC, disse que a Amazônia é uma região “extremamente complexa”, com várias vertentes que se distribuem por toda a área e demandam abordagens distintas. Por isso, ele explicou ser difícil apontar uma única solução para a integração da região ao desenvolvimento nacional.
Val defendeu a necessidade de soluções variadas, adequadas a cada uma das questões que se apresentam. Ele citou um ponto que considera fundamental nesse contexto - “não há como falar em sustentabilidade, em desenvolvimento sustentável, em conservação ambiental, em economia verde, sem ciência e tecnologia”.
O diretor observou, entretanto, que no caso da Amazônia, a ciência e a tecnologia não podem ser importadas. Isso significa que elas precisam ser desenvolvidas “na região e para a região”. Para ele, esse é o principal gargalo para o desenvolvimento regional.
“Se a gente quiser diminuir os conflitos na região e aumentar o processo de inclusão social e de geração de renda, precisa, na realidade, da utilização, cada vez maior, de produtos sustentáveis a partir do coração da floresta. São novos produtos, novos processos, gerados a partir do conhecimento que se tem da floresta”, reiterou.
Para que isso ocorra, ele lembrou que o país precisa de ciência robusta e também de educação a fim de preparar a sociedade para absorver essas informações. O processo inclui a valorização da cultura e dos saberes tradicionais locais.
Adalberto Val assegurou que “não dá para desenvolver de fora e levar para lá (Amazônia)”. Na sua opinião, a ciência é uma atividade social, com fins sociais. “Portanto, ela precisa respeitar as características sociais e culturais da região”.
O ponto de partida para a discussão no fórum será o conceito apresentado na publicação Amazônia: Desafio Brasileiro do Século 21 – A Necessidade de Uma Revolução Científica e Tecnológica, elaborado pela ABC. O documento sugere novo paradigma para o desenvolvimento sustentável na região.
Deverão participar também da sessão os acadêmicos da ABC Bertha Becker, geógrafa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho.
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Inpa, que é também integrante da ABC, disse que a Amazônia é uma região “extremamente complexa”, com várias vertentes que se distribuem por toda a área e demandam abordagens distintas. Por isso, ele explicou ser difícil apontar uma única solução para a integração da região ao desenvolvimento nacional.
Val defendeu a necessidade de soluções variadas, adequadas a cada uma das questões que se apresentam. Ele citou um ponto que considera fundamental nesse contexto - “não há como falar em sustentabilidade, em desenvolvimento sustentável, em conservação ambiental, em economia verde, sem ciência e tecnologia”.
O diretor observou, entretanto, que no caso da Amazônia, a ciência e a tecnologia não podem ser importadas. Isso significa que elas precisam ser desenvolvidas “na região e para a região”. Para ele, esse é o principal gargalo para o desenvolvimento regional.
“Se a gente quiser diminuir os conflitos na região e aumentar o processo de inclusão social e de geração de renda, precisa, na realidade, da utilização, cada vez maior, de produtos sustentáveis a partir do coração da floresta. São novos produtos, novos processos, gerados a partir do conhecimento que se tem da floresta”, reiterou.
Para que isso ocorra, ele lembrou que o país precisa de ciência robusta e também de educação a fim de preparar a sociedade para absorver essas informações. O processo inclui a valorização da cultura e dos saberes tradicionais locais.
Adalberto Val assegurou que “não dá para desenvolver de fora e levar para lá (Amazônia)”. Na sua opinião, a ciência é uma atividade social, com fins sociais. “Portanto, ela precisa respeitar as características sociais e culturais da região”.
O ponto de partida para a discussão no fórum será o conceito apresentado na publicação Amazônia: Desafio Brasileiro do Século 21 – A Necessidade de Uma Revolução Científica e Tecnológica, elaborado pela ABC. O documento sugere novo paradigma para o desenvolvimento sustentável na região.
Deverão participar também da sessão os acadêmicos da ABC Bertha Becker, geógrafa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho.
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
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