terça-feira, 17 de abril de 2012

Abril vermelho: 16 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás

Vinte e um minutos de silêncio. É dessa forma que integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) farão uma homenagem aos 21 agricultores mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. As homenagens acontecerão nas estradas em todo país que, após serem ocupadas, terão o fluxo interrompido às 8h da manhã desta terça-feira (17),quando se completam 16 anos do crime praticado pela Polícia Militar (PM).

O Abril Vermelho, como ficou conhecida a mobilização do movimento “Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária”, começou em 1997, um ano depois do crime, com uma grande marcha de trabalhadores de diversas regiões do país até a Capital Federal, onde cerca de 100 mil manifestantes se encontraram para exigir justiça, emprego e reforma agrária.
Neste ano, o MST realiza uma série de manifestações para pressionar o governo a atender a pauta de reivindicações do movimento. Segundo um balanço divulgado no final da tarde de segunda-feira (16), já tinham sido feitas 38 ocupações de terra, cinco em sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dezenas de trancamentos de estradas e acampamentos em 17 estados.

Ocupação no MDA
Em nota, na página da internet do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que está ocupado por 1500 trabalhadores rurais sem-terra desde ontem (16.04), o ministro Pepe Vargas afirmou que “somente após a liberação do prédio do MDA pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) irá retomar as negociações iniciadas com o movimento no último dia 11 (quarta), junto com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho”.
Ainda de acordo com as declarações do ministro, ficou estabelecida uma agenda de negociações entre o governo federal e o movimento. O ministério, porém, divulgou que “providências jurídicas cabíveis para reintegração de posse” do prédio estavam sendo tomadas, mas “o ministério conta com o bom senso do MST no sentido de espontaneamente desocupar o prédio, para que possa ser dada continuidade a uma agenda de negociações já iniciada, dentro do espírito democrático e republicano que é a marca deste governo.”

Fonte: informações do Jornal Dia a Dia

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