Lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

 

Nesta quinta-feira (17), a presidenta Dilma Rousseff participa da cerimônia de lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite às 11h, no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Presidente lança Plano Nacional da Pessoa com Deficiência.

“No caso da acessibilidade, a escassez de instrumentos padronizados que possibilitem uma eficiente investigação dos espaços urbanos para um melhor planejamento das ações, bem como a necessidade de capacitação dos profissionais envolvidos sugerem uma fragilidade quando se trata deste tema”. As palavras são da terapeuta ocupacional e professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Isa Coutinho. A declaração vem em boa hora, pois a presidente Dilma Rousseff lança, nesta quinta-feira (17) em Brasília, o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência.

Segundo informações da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o documento tem por objetivo atuar em benefício da pessoa com deficiência, melhorando seu acesso aos direitos básicos – mercado de trabalho e mobilidade urbana. As ações estão distribuídas nos eixos: educação, saúde e proteção social.

E será que o Brasil está mesmo pronto para por em prática as ações inclusivas previstas no plano? “como poderemos criar estratégias se ainda não temos um diagnóstico da situação que queremos investigar? Falamos de acessibilidade e na maioria das vezes só adaptamos banheiros, rampas ou escadas e resumimos a acessibilidade a ajustes adaptativos! O conhecimento das novas tecnologias, dentre elas a acessibilidade, requer a compreensão além das normas técnicas”, explica Isa Coutinho.

Ela destaca também que para que dêem certo, as ações de acessibilidade devem incluir a ação de uma equipe multidisciplinar que trabalhe pensando a partir do ponto de vista do usuário “ou seja, até que ponto os adaptativos colocados nos espaços são funcionais para o indivíduo que o utiliza? Será que eles funcionarão como barreiras ou facilitadores”?

Com relação a Salvador, sua topografia e seus espaços urbanos, a especialista em tecnologias assistivas reflete que se trata de uma questão mais complicada. “Apesar de sua beleza incontestável, não podemos negar que muitas de nossas escolas, bem como praças, parques etc., foram construídos em encostas, frutos do povoamento desordenado da cidade. Salvador é uma cidade histórica formada por ruas pequenas e muitas vezes de difícil acesso - parte de nosso patrimônio cultural. Uma das soluções, nesse aspecto, seria a construção de bairros acessíveis”, sugere.

Fonte : tôsabendo.com e blog do Planalto.